top of page

Resultados da busca

125 resultados encontrados com uma busca vazia

Produtos (31)

Ver todos

Posts do blog (83)

  • A ascensão e queda da influência econômica dos EUA sobre o Brasil

    "Aqui no Hemisfério Ocidental, estamos comprometidos em manter nossa independência frente à invasão de potências estrangeiras expansionistas. Desde o governo do presidente Monroe, é uma política formal de nosso país rejeitar a interferência de nações estrangeiras neste hemisfério e em nossos próprios assuntos." (Declaração do presidente Donald Trump em 2018) Manifestação contra a Tarifação de Trump, 01/08/2025. Em frente ao Consulado dos EUA, área central do Rio de Janeiro. O início da relação entre o Brasil e os Estados Unidos foi moldada por uma combinação de oportunismo diplomático, alinhamento ideológico e interesse econômico. Um instrumento-chave dessa relação foi a Doutrina Monroe , anunciada em 1823, que declarava que as Américas não estavam mais abertas à colonização ou intervenção europeia. Embora essa política tivesse como objetivo impedir as monarquias europeias de interferirem nas recém-independentes repúblicas da América Latina, ela carregava uma estratégia de longo prazo: a substituição gradual da influência europeia na América Latina pela dos Estados Unidos. No caso do Brasil, mesmo que sua independência de Portugal tenha ocorrido na forma de uma monarquia constitucional em vez de uma revolução republicana, os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência brasileira, em 1824, sinalizando o desejo de incluir o Brasil em sua esfera de influência. No século XIX, o Brasil permaneceu economicamente ligado ao Império Britânico, que financiava infraestrutura como ferrovias e dominava o comércio de commodities como café e açúcar. Os Estados Unidos, por sua vez, eram uma potência em ascensão, buscando expandir seu alcance comercial. A Doutrina Monroe ofereceu um arcabouço retórico e ideológico para essa expansão, posicionando os Estados Unidos como o guardião da liberdade e da independência no Hemisfério Ocidental. No entanto, na prática, isso significava abrir caminho para a influência econômica dos EUA. Com o tempo, Brasil e Estados Unidos passaram a se alinhar mais de perto, não apenas politicamente (como visto durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil enviou tropas para lutar ao lado dos Aliados ), mas também economicamente. Empresas estadunidenses passaram a atuar nos setores brasileiros de energia, agricultura e extração de recursos a partir da metade do século XX. Embora a Doutrina Monroe tenha funcionado inicialmente como um alerta à Europa, ela evoluiu para uma justificativa da dominação regional dos Estados Unidos. Especialmente durante a Guerra Fria, a doutrina deu suporte a golpes de Estado, imposição de políticas econômicas e assistência militar, tudo com o objetivo de manter os países latino-americanos dentro da órbita dos Estados Unidos. O golpe militar de 1964 no Brasil contou com apoio dos EUA e levou a décadas de ditadura sob um regime que acolheu capital e comércio estadunidense , especialmente nos setores de energia e mineração. Esse período marcou a consolidação de um modelo econômico dependente dos EUA, centrado na exportação de bens primários, mão de obra de baixo custo e investimento estrangeiro direto (IED) , muitas vezes à custa da soberania econômica. Fusão de Mercados e Integração de Recursos A partir da década de 1990, sob a globalização neoliberal, a economia brasileira tornou-se cada vez mais integrada à dos Estados Unidos. Isso foi reforçado por políticas que incentivaram a privatização, a desregulamentação e a liberalização comercial. O agronegócio brasileiro prosperou com o investimento e as exportações voltadas aos EUA, enquanto grandes multinacionais expandiram sua presença, especialmente nos setores de petróleo (como a Chevron ), energia e bens de consumo. A influência dos EUA substituiu, de forma eficaz, a dominação europeia nas relações externas do Brasil, em consonância com o longo alcance da Doutrina Monroe. O resultado foi uma dependência estrutural – o Brasil permaneceu como uma economia exportadora de commodities , dependente de preços internacionais voláteis e de capital externo, particularmente dos EUA e da China. Com controle limitado sobre desenvolvimento tecnológico ou política industrial, o Brasil se vê inserido em um paradigma neocolonial mais baseado em economia do que em exércitos. Manifestação Pró-Bolsonaro, 03/08/2025. Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A Era Trump: Reafirmação ou Reversão da Doutrina Monroe? Com a eleição de Donald Trump, ocorreu uma mudança. Sua administração, sob o lema de " America First ", começou a se afastar de alguns dos princípios centrais da política econômica externa dos Estados Unidos. Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio brasileiros , citando soberania nacional e proteção de empregos. Ele também reduziu o apoio a acordos comerciais multilaterais, retirou-se de compromissos ambientais globais e promoveu um nacionalismo econômico que, implicitamente, contradiz a globalização de livre mercado defendida por administrações dos EUA anteriores. Isso marcou uma reversão parcial da lógica econômica da Doutrina Monroe. Em vez de expandir os mercados estadunidenses no exterior e integrar as Américas sob liderança dos EUA, Trump buscou proteger as indústrias dos Estados Unidos da concorrência, mesmo de países aliados como o Brasil. Foi um esforço para reduzir a dependência americana de recursos estrangeiros – um contraste marcante com a estratégia centenária de extração desses recursos via comércio com a América Latina. Em parte, essa reversão foi impulsionada por pressões políticas internas. A desindustrialização nos EUA , especialmente no chamado "Cinturão da Ferrugem", levou a um ressentimento em relação ao livre comércio. A base de apoio de Trump vê a globalização econômica como prejudicial aos trabalhadores americanos, enquanto beneficiava elites e potências estrangeiras. Romper laços com parceiros comerciais tradicionais, mesmo ao custo de boa vontade internacional, foi apresentado como um caminho para restaurar a força dos Estados Unidos. Por um lado, as tarifas de Trump e o recuo do livre comércio enfraqueceram os canais de exportação do Brasil, especialmente para produtos industrializados. O setor agrícola também enfrentou novas vulnerabilidades, embora a China tenha absorvido parte desse comércio. Por outro lado, as políticas de Trump forçam o Brasil a reconsiderar sua dependência estrutural dos EUA. Isso pode representar uma oportunidade para o Brasil desenvolver mais autonomia e investir em autossuficiência. Romper com a dependência não é fácil, especialmente quando a China se torna a nova força dominante nas relações comerciais do Brasil, principalmente em soja, minério de ferro e petróleo. A questão deixa de ser se o Brasil depende dos Estados Unidos, e passa a ser se está apenas trocando uma potência hegemônica por outra. Muitos brasileiros pró-EUA, particularmente à direita ou em círculos empresariais, paradoxalmente apoiaram Trump, apesar de suas medidas protecionistas. Esse apoio é frequentemente ideológico, vindo da admiração pelo estilo autoritário de Trump, sua postura anti-China ou seus valores sociais conservadores. Também há a crença, entre algumas elites, de que se alinhar aos Estados Unidos, independentemente das contradições políticas, garante estabilidade geopolítica e econômica. Esses setores podem ver Trump como um modelo de rompimento com restrições “globalistas” ou de fortalecimento da identidade nacional – mesmo que isso signifique aceitar danos econômicos de curto prazo. Em contraste, brasileiros anti-EUA, frequentemente à esquerda, se opõem às políticas de Trump não porque rompem com a dependência do Brasil, mas porque fazem isso nos termos estadunidenses, de forma unilateral e sem oferecer alternativas. Esses críticos temem que o nacionalismo econômico estadunidense desestabilize os setores exportadores do Brasil, enfraqueça o frágil equilíbrio capitalista e reduza qualquer alavancagem que o Brasil ainda tenha nos mercados globais. Ironicamente, essa oposição pode levar à defesa das estruturas de comércio globalizado, que também reproduzem a posição de dependência do Brasil. Embora a Doutrina Monroe tenha nascido como um escudo retórico contra o colonialismo europeu, ela se tornou uma ferramenta da expansão americana. O Brasil, como uma potência imperial relativamente autônoma no século XIX, acabou sendo incorporado à ordem econômica liderada pelos Estados Unidos. Ao longo de dois séculos, a política dos EUA moldou o papel do Brasil na economia global como fornecedor de recursos e destino de investimentos, frequentemente às custas do desenvolvimento nacional. O nacionalismo econômico de Trump interrompeu essa trajetória – não ao empoderar o Brasil, mas ao retirar a mão americana. Para o Brasil, isso cria tanto riscos quanto oportunidades. O colapso dos padrões anteriores pode abrir espaço para uma maior soberania econômica, mas apenas se brasileiros tiverem visão e coordenação para agir. Caso contrário, o vácuo deixado pelos EUA poderá ser simplesmente preenchido por outra potência, repetindo o mesmo ciclo sob uma nova bandeira. Escrito por Mirna Wabi-Sabi Escritora e editora. Autora dos livros Anarcho-Transcreation e Seeds and Tales. Fotografado por Fabio Teixeira Fotojornalista vencedor do Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo Internacional.

  • A militarização que agride a gestão educacional no RJ

    Fotos por Fabio Teixeira. Rio de Janeiro, 03/12/2024. "Policia militar do batalhão do choque agride professores que se concentravam em frente a câmara de vereadores, na Cinelândia, área central da cidade. A polícia militar lançou bomba de gás lacrimogêneo, bala de borracha e spray de pimenta nos educadores que estavam fazendo um protesto." Militares ocupam cargos estratégicos na gestão educacional do Estado do Rio de Janeiro, e instalam uma cultura de controle e disciplina hierárquica nas escolas públicas. Há uma ocupação significativa de cargos administrativos na Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC‑RJ) por oficiais militares da reserva da Polícia Militar e das Forças Armadas, e isso é mais evidente no modelo de escola pública de ensino Cívico-Militar . Esse modelo faz gestão compartilhada entre civis e militares, e adota princípios de disciplina, hierarquia e ordem inspirados na lógica militar. Nesse contexto, docentes relatam restrições à liberdade acadêmica e à abordagem de temas como política, sexualidade e direitos humanos. Essa presença militar não se restringe ao ambiente escolar, oficiais também participam das comissões responsáveis por sindicâncias e processos disciplinares, expandindo a lógica típica das corporações militares à gestão educacional. A Corregedoria Interna da SEEDUC‑RJ, também conhecida como Corregedoria Interna da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, é o órgão responsável por investigar, apurar e julgar infrações disciplinares cometidas por servidores da rede estadual de ensino. No momento, o senhor Johnny Lauro Brito de Barros é o chefe deste órgão, oficial da Polícia Militar, tendo como especialidade Direito Penal e Processual Penal Militar. Sindicatos de educadores enxergam a criminalização liderada por essa chefia como resultante da falta de experiência dessa liderança com o ambiente escolar. De acordo com um Relatório do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), entre janeiro de 2020 e maio de 2024, a SEEDUC abriu 1.320 sindicâncias contra educadores – uma média de uma por dia. Os depoimentos de dezenas de professores(as) que enfrentam processos administrativos revelam que os motivos são: participação em debates pedagógicos ou políticos; denúncias de racismo em sala de aula; projetos escolares com temas sociais; e questionamentos ao Novo Ensino Médio. Esses processos muitas vezes elevam o nível de estresse dos educadores e exauram sua capacidade laboral, afetando negativamente as escolas. Entre novembro e dezembro de 2024, o Rio de Janeiro foi palco de intensos protestos de profissionais da educação contra um projeto de lei complementar que alterava benefícios e direitos dos professores da rede estadual. As manifestações, organizadas pelo SEPE-RJ, com apoio de movimentos estudantis, reuniram milhares de pessoas nas ruas do centro da cidade, especialmente na Avenida Presidente Vargas, Câmara Municipal e Cinelândia. Em diversas ocasiões, os atos foram duramente reprimidos pela polícia, resultando em uso de gás lacrimogêneo, confrontos, lesões e prisões, enquanto os educadores denunciavam sindicâncias abusivas e a militarização da estrutura escolar. A militarização da gestão educacional no Estado do Rio de Janeiro representa uma distorção do papel da escola pública. Ao adotar práticas autoritárias, controle disciplinar e cerceamento da autonomia docente, a Secretaria de Educação se distancia de princípios pedagógicos, até mesmo quando reage às reivindicações dos professores e professoras quando as levam para as ruas. A presença de oficiais militares em cargos administrativos, o uso sistemático de sindicâncias e punições contra professores críticos, e a repressão nas manifestações onde demandas são expressas pela população expõem uma tentativa de silenciamento e subjugação. Essa postura substitui o diálogo por coerção, e a educação por adestramento. Escrito por Mirna Wabi-Sabi Fotografado por Fabio Teixeira

  • A determinação silenciosa das tartarugas

    Texto por Mirna Wabi-Sabi, fotos por Fabio Teixeira Tartarugas são criaturas majestosas. Por diversos motivos, elas se tornaram ícones da longevidade. Primeiramente, elas sobreviveram o evento que causou a extinção em massa dos dinossauros. Hoje, elas podem viver por mais de um século. Podem viver, não – deveriam poder viver. A civilização humana está essencialmente por trás de tudo que as ameaça. Poluição de diversos tipos, empreendimentos imobiliários, tráfego marítimo, pesca industrial, elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global, perda de habitat, erosão de solos praianos e o dano inimaginável dos vazamentos de petróleo nos oceanos parecem ser mais avassaladores do que um cometa ou asteroide gigantesco atirado contra a Terra. Durante milhares de anos, civilizações humanas em todos os continentes têm adorado a figura da tartaruga. Mais de 35 mil anos  atrás ela já era venerada no cerne da Ásia Ocidental (o Levante), sendo considerada o símbolo religioso mais antigo em uma das sociedades mais antigas da nossa história. E até mero meio século atrás, a América do Norte era conhecida como a Ilha da Tartaruga  por povos indígenas locais. A deterioração da mitologia, lenda e folclore centrados em entidades da natureza é recente, mas perdem espaço ferozmente para os que centram as grandes indústrias e empreendimentos globais. O paradigma cultural que surge com a industrialização não parece se preocupar com a longevidade humana ou mais-que-humana, e isso não pode permanecer realidade. Na praia de Itaipu, em Niterói–RJ, o projeto Aruanã há 15 anos monitora tartarugas marinhas no entorno da Baía de Guanabara. Para as biólogas, colaboradores, voluntários e apoiadores deste projeto, está claro que a prosperidade das tartarugas é inseparável da prosperidade humana. Esse animal exerce um papel amplo no equilíbrio do ecossistema natural desse planeta, do qual nós fazemos parte e dependemos para sobreviver. Ou seja, o declínio da tartaruga como espécie desencadeia uma sequência de danos nos ecossistemas marinhos, que por sua vez prejudicam a nossa subsistência. Diversas coisas podem ser feitas para proteger as tartarugas além de denunciar e demandar que grandes indústrias parem de poluir e destruir o habitat delas. Para indivíduos como nós, sem posições de total poder de decisão em multinacionais e corporações, é possível reduzir o consumo de plástico, e quando há consumo dele, reciclar, para garantir que esse resíduo não acabe nos oceanos. A sede do projeto Aruanã em Itaipu recebe embalagens descartáveis limpas de plástico reciclável e esponjas usadas para garantir que o destino desses resíduos não cause danos futuros nos oceanos. Uma iniciativa ainda mais simples e acessível para a população geral é o que o Aruanã chama de “Ciência Cidadã.” Ao observar uma tartaruga em algum lugar, viva ou morta, você pode tirar uma foto e enviar para eles com local, data e horário. Com esses dados, a equipe da organização monitora o ciclo de vida dessas criaturas, assim identificando desafios e obstáculos que elas enfrentam para completar esse ciclo. Esse ano, o Aruanã renovou seu contrato de financiamento com o Programa Petrobras Socioambiental, e poderá dar início a um novo projeto – o de rastreamento de tartarugas marinhas por satélite (Telemetria Satelital). Com essa tecnologia, será possível acompanhar os padrões migratórios de diversas tartarugas com precisão e eficácia. Para as biólogas do projeto, é sempre emocionante quando uma tartaruga é encontrada novamente, anos depois, numa região distante de onde ela foi primeiramente registrada. Não só porque as chances são pequenas de as encontrar nos vastos oceanos, mas também porque é gratificante ver e registrar evidência de sua prosperidade. Hoje, a identificação de tartarugas pode ser feita pelo número em suas tags , ou pelo desenho das escamas em suas cabeças, que exercem a função de impressões digitais. Com Telemetria Satelital, dados preciosos podem ser coletados sobre locais e temperaturas preferidas  das tartarugas, e como essas regiões interagem com o comportamento humano. Para a tartaruga-verde, por exemplo, que conforme o Instituto Chico Mendes  de Conservação da Biodiversidade “é a única espécie que se reproduz nas ilhas oceânicas brasileiras,” evidências científicas irrefutáveis podem ser registradas sobre elas. Essas evidências podem, por sua vez, ser usadas para “ facilitar o estabelecimento de acordos multinacionais para a conservação.” Sabemos que alcançar acordos, como os que serão discutidos na COP30 em Belém, e garantir que eles sejam cumpridos no nível institucional e global são desafios esmagadores, por isso cumprir acordos entre nós mesmos e nossas comunidades é um primeiro passo alcançável. Os oceanos não se submetem ao desejo das indústrias, ou das restrições de fronteiras estatais. O que acontece neles é responsabilidade de toda a humanidade. Como membros dessa humanidade, temos o poder ajudar a forjá-la. Enfrentar ameaças antropogênicas aos locais cruciais no ciclo de vida de animais como a tartaruga não só é salubre para a humanidade, é também fundamental para não desencadearmos nosso próprio evento de extinção em massa. O projeto Aruanã faz um trabalho detalhado de coleta e sistematização de dados, desenvolvimento de pesquisas acadêmicas na área de biologia marinha e sustentabilidade, e também de engajar a população local no que eles chamam de “preocupação ambiental relacionada ao ambiente marinho.” Se ‘preocupar’ nada mais é do que fomentar uma narrativa coletiva, comunitária, que visa estimular a prosperidade da flora e fauna no nosso canto do planeta, também porque somos parte dessa fauna. Os avanços tecnológicos e econômicos que testemunhamos nesse último século não precisam se tornar apenas uma fonte de aniquilação ambiental, onde o consumo e descarte só aumentam infinitamente, sem visão de impactos no longo termo. Se a tartaruga nos ensina algo, é que a longevidade é alcançada em pequenos passos decisivos. E todos os dias fazemos escolhas impactantes. Os “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” (ODS) da ONU, especialmente o ODS 14 – “Vida na Água” –, reforçam a urgência de conservarmos e engajarmos com os oceanos de forma sustentável ao longo termo. A proteção das tartarugas marinhas se insere nesse esforço global, nos lembrando que não há futuro possível para os humanos sem o bem-estar ecológico. Projetos como o Aruanã demonstram que, mesmo diante de desafios globais avassaladores, ações locais e cotidianas são fundamentais e eficazes. A tartaruga simboliza a necessidade de desacelerar o consumo, refletir e agir com responsabilidade, sem perder de vista que a mudança é feita, sobretudo, por aqueles que insistem em trilhar o caminho da preservação da natureza. Ao proteger as tartarugas, estamos, na verdade, defendendo a possibilidade de um futuro saudável para todos, onde a natureza possa existir em equilíbrio. Que a humanidade se inspire a seguir a mesma determinação silenciosa das tartarugas, rumo a um planeta mais saudável e digno. Fotos tiradas dia 20 de maio, 2025, na praia de Itaipu, Niterói-RJ, por Fabio Teixeira, do Projeto Aruanã . Fotos tiradas dia 15 de maio, 2025, na Praia da Ilha do Governador, por Fabio Teixeira, do grupo Orla Sem Lixo . Fotos tiradas dia 21 de abril, 2025, na Praia da Ilha do Governador, por Fabio Teixeira, da ecobarreira no canal do cunha .

Ver todos

Outras páginas (11)

  • P9 | Podcast (English)

    Neste podcast, Mirna Wabi-Sabi, idealizadora e fundadora da iniciativa, conversa com pessoas colaboradoras e convidadas sobre diversos artigos e projetos da Plataforma9. PT Guest appearances

  • P9 | Alfabetização Midiática

    Curso de Alfabetização Midiática online, gratuito. O que é alfabetização midiática? Uma vez que desenvolvemos a capacidade de ler e escrever (que é a alfabetização), podemos desenvolver a capacidade de consumir e produzir mídia em plataformas com audiências massivas (alfabetização midiática). EN What is Media Literacy? The same way we learn how to read and write text, we can learn how to interpret online content. Reading and writing are, in one way, tools for consuming and producing content, but in private. Media is the means of mass dissemination of this content. And to communicate with large amounts of people, several different avenues can be used, like radio, print publications, and the internet. Internet media is disseminated through websites, and these websites are platforms for media content. This content has an address: a link. Once we have the ability to read and write (which is literacy), we have the ability to consume and produce media in platforms with massive audiences (media literacy). Media literacy isn’t widely taught, though, not just in the internet era. We aren’t generally taught how books are published, radios are broadcasted, or how websites are built. This knowledge was often reserved for professionals in these fields, until social media democratized mass distribution of personal content (for better or for worse). Now more than ever, media literacy is a necessity for all people, of all ages. Below you will find a short course, consisting of a checklist on what to look for when consuming online content. The output of those who filled out this checklist is presented collectively in the ‘results’ section, with graphs, maps, and databases. Through this process, we train ourselves to look for relevant information, and see our individual consumption of online content in a broader context – the global online context in which we find ourselves. FORM RESULTS THE HISTORY Since the invention of the German printing press in the 15th century, which birthed the method of reproducing media on a large scale and revolutionized the consumption of information in the West, there has been false news. It was very common for these false news to be directed towards a marginalized contingent of society, such as Jewish, indigenous and black peoples. Sometimes, atrocities committed by ‘undesirable’ members of society were made up. Other times, atrocities committed by ‘desirable’ members of society were omitted. In other words, deceptive media is one that not only lies, but also omits truthful information. Because of the continued presence of falsehood in the media over the past five centuries, many journalists like to say that ‘fake news’ is not new – but it is. The term ‘fake news’ says more about the media age in which we find ourselves, than the practice of disseminating misinformation. False information has always circulated through media, but today it circulates in a particular way, with the use of new technological tools, such as social media boosts and bots. In the first half of the 20th century, the first Brazilian ‘media baron’, Assis Chateaubriand, threatened to ruin the reputations of people and companies with false news in exchange for money (essentially blackmail). Today, technological advances significantly changed the format in which these false news get disseminated, and by whom. What’s App, Facebook, Twitter, Telegram, Instagram are explosive and unprecedented formats of disseminating media. Most people are able to produce media content, and most of those who can, do it constantly. When we see news on one of these platforms, we also see who and how many people reacted to it, which influences not only what we feel about the news, but also about the others who consume it – all instantly. We can believe or stop believing something depending on who or how many people ‘shared it’ or ‘liked it’. In terms of ‘who’, it’s enough for a famous or credible person to believe and ‘share it’ for “the bewildered herd” (From Chomsky in Media Control) to follow. This is where ‘influencers’ come in. It terms of ‘how many’, a high number of shares helps the post reach a wider audience by appearing relevant to social media algorithms and to the people seeing it. That’s where bots come in. Here is an example of false news. Here (Abcnews.com.co) is an example of ‘fake news.’ One comes from a platform that still exists and lied. It’s an example of bad journalism. The other (Abcnews.com.co) doesn’t even exist as a platform, it pretends to be something it isn’t. We would not find this link by searching for it on our own, it is created to be believable on Facebook, as an ad. ‘Fake news’ sites have the specific purpose of buying ads on social media. [Note that I didn’t use a hyperlink for the fake news site, because I don’t want it as a backlink or as part of their PageRank.] THE TRUTH The starting point of truth is our subjectivity, it depends on each one’s perspective. All media produced by someone is a result of that person’s subjectivity. It’s necessary to be in contact with our own subjectivity, in order to be able to discern the veracity of what others produce. More important than finding answers, is asking the right questions. It’s okay if you can’t find the answers to all questions. The important thing is the process of research, because sometimes not finding the answer is valuable information in itself. Is the platform being as transparent as it could be? Lie or Deception? A lie is when, for example, an author invents information. An author can be deceptive or misleading without inventing anything. They may select truthful information, omit another piece of information, place these pieces out of context, and use sensational tools to provoke certain emotions in the audience. Generally, media literacy courses focus on how to identify objective and neutral journalistic language. This, however, does not exist. It is not always easy to discern sensational and misleading tools from effective or creative methods of delivering information to an audience. Some identifiable tools, even if subjective, are: – Dramatic music. – Shocking images and words. – Exclamation points. – Titles that cause fear, and pass on little information. – Titles that speak directly to you. Focusing on a guideline or checklist on how to identify ‘fake news’ can make us even more vulnerable to them. These guidelines can become new, effective tools for their dissemination. For example, if I say to you: “only trust newspapers that do not use exclamation points on titles,” this guideline can be used by any deceitful platform to gain your trust. A much stronger tool than memorizing identifiable ‘fake news’ characteristics is to have a clear sense of your own values, and political goals. ‘Fake News’, ‘bots’ and people with an interest in using these tools to steer the behavior of a wide audience, target ‘influenceable’ and undecided people. That doesn’t necessarily mean people who are on the fence about a subject. Dogmatic people are as easy to influence, because their reference of truth is outside themselves. That’s why the search for your own truth is fundamental to make ‘fake news’ ineffective, which is the most effective way to combat it. Thought, speech, and action should be one, as should your ideas, what you share with others and how you live your life. This is an exercise in balance – being open to learning new things, while not losing sight of your own truth and lived experiences. THE AUDIENCE When we produce media, we think of a target audience so that we can make it effective in delivering the message. A newspaper, for example, has an audience, and the values of each one of them exist in symbiosis. The media literacy process involves the analysis of the values of the institutions and/or people that produce media, based on the recognition of our own values as an audience. Many people who produce media on the internet are not honest, or transparent, about what their values and intentions are. There are media tactics that aim to manipulate a specific audience, that use tools that provoke targeted emotions. Art also aims to provoke emotions; academic writing is intended to be verifiable and validated. These are tools that can be used in ways that are subtle, exaggerated, effective, manipulative, untruthful, misleading, etc. Our analysis of how these tools are used depends on our understanding of how we use them ourselves, and why. What constitutes content accessible to the general public? For content to be accessible, it needs to be able to reach the audience it sets out to reach. For example, for a video to reach an Instagram audience, it needs to last a maximum of one minute, because this is (or was) the limitation of the platform visited by that audience. How to identify whether a text aims to reach a lay audience, and not just a specialized one? A person who is not specialized and has no interest in specializing in a certain area of study will spend less time reading about this subject. So, for texts to reach this audience, they must be short. Short online texts do not need an abstract, summary, numbered sections, etc. A long text is not necessarily inaccessible. Another way of identifying the level of accessibility is to recognize excessive citations/references, usually redirecting the reader to other, even longer, academic texts. Academic requirements reflect the audience that the author intended to reach. Specific acronyms and terms have the same function. To reach a lay audience, terms must be defined, and acronyms that aren’t widespread in popular culture must be spelled out the first time they are mentioned. FBI or CIA, for example, are not acronyms that need to be spelled out, but NCI does. GLOSSARY Audience (in media) – “A media audience may be as small as one person reading a magazine or as large as billions of people around the world watching events, like 9/11, unfold live on television. Audiences have a complex relationship with the products they consume.” (New Zealand’s Ministry of Education) ‘Bot’ (on social media) – “is an agent that communicates more or less autonomously on social media, often with the task of influencing the course of discussion and/or the opinions of its readers. It is related to chatbots but mostly only uses rather simple interactions or no reactivity at all.” (Wikipedia) Dogma – “a principle or set of principles laid down by an authority as incontrovertibly true.” (Oxford Languages) ‘Fake News’ – “is a form of news consisting of deliberate disinformation or hoaxes spread via traditional news media or online social media.” (Wikipedia) Media – “the main means of mass communication (broadcasting, publishing, and the Internet) regarded collectively.” (Oxford Languages) Sensationalism – “(especially in journalism) the use of exciting or shocking stories or language at the expense of accuracy, in order to provoke public interest or excitement.” (Oxford Languages) Social Media – “websites and applications that enable users to create and share content or to participate in social networking.” (Oxford Languages) Formumário Resultados

  • P9 | Media Literacy

    Media Literacy Course, free online course. What is Media Literacy? Once we have the ability to read and write (which is literacy), we must acquire the ability to consume and produce media in platforms with massive audiences (media literacy). PT What is Media Literacy? The same way we learn how to read and write text, we can learn how to interpret online content. Reading and writing are, in one way, tools for consuming and producing content, but in private. Media is the means of mass dissemination of this content. And to communicate with large amounts of people, several different avenues can be used, like radio, print publications, and the internet. Internet media is disseminated through websites, and these websites are platforms for media content. This content has an address: a link. Once we have the ability to read and write (which is literacy), we have the ability to consume and produce media in platforms with massive audiences (media literacy). Media literacy isn’t widely taught, though, not just in the internet era. We aren’t generally taught how books are published, radios are broadcasted, or how websites are built. This knowledge was often reserved for professionals in these fields, until social media democratized mass distribution of personal content (for better or for worse). Now more than ever, media literacy is a necessity for all people, of all ages. Below you will find a short course, consisting of a checklist on what to look for when consuming online content. The output of those who filled out this checklist is presented collectively in the ‘results’ section, with graphs, maps, and databases. Through this process, we train ourselves to look for relevant information, and see our individual consumption of online content in a broader context – the global online context in which we find ourselves. FORM RESULTS THE HISTORY Since the invention of the German printing press in the 15th century, which birthed the method of reproducing media on a large scale and revolutionized the consumption of information in the West, there has been false news. It was very common for these false news to be directed towards a marginalized contingent of society, such as Jewish, indigenous and black peoples. Sometimes, atrocities committed by ‘undesirable’ members of society were made up. Other times, atrocities committed by ‘desirable’ members of society were omitted. In other words, deceptive media is one that not only lies, but also omits truthful information. Because of the continued presence of falsehood in the media over the past five centuries, many journalists like to say that ‘fake news’ is not new – but it is. The term ‘fake news’ says more about the media age in which we find ourselves, than the practice of disseminating misinformation. False information has always circulated through media, but today it circulates in a particular way, with the use of new technological tools, such as social media boosts and bots. In the first half of the 20th century, the first Brazilian ‘media baron’, Assis Chateaubriand, threatened to ruin the reputations of people and companies with false news in exchange for money (essentially blackmail). Today, technological advances significantly changed the format in which these false news get disseminated, and by whom. What’s App, Facebook, Twitter, Telegram, Instagram are explosive and unprecedented formats of disseminating media. Most people are able to produce media content, and most of those who can, do it constantly. When we see news on one of these platforms, we also see who and how many people reacted to it, which influences not only what we feel about the news, but also about the others who consume it – all instantly. We can believe or stop believing something depending on who or how many people ‘shared it’ or ‘liked it’. In terms of ‘who’, it’s enough for a famous or credible person to believe and ‘share it’ for “the bewildered herd” (From Chomsky in Media Control) to follow. This is where ‘influencers’ come in. It terms of ‘how many’, a high number of shares helps the post reach a wider audience by appearing relevant to social media algorithms and to the people seeing it. That’s where bots come in. Here is an example of false news. Here (Abcnews.com.co) is an example of ‘fake news.’ One comes from a platform that still exists and lied. It’s an example of bad journalism. The other (Abcnews.com.co) doesn’t even exist as a platform, it pretends to be something it isn’t. We would not find this link by searching for it on our own, it is created to be believable on Facebook, as an ad. ‘Fake news’ sites have the specific purpose of buying ads on social media. [Note that I didn’t use a hyperlink for the fake news site, because I don’t want it as a backlink or as part of their PageRank.] THE TRUTH The starting point of truth is our subjectivity, it depends on each one’s perspective. All media produced by someone is a result of that person’s subjectivity. It’s necessary to be in contact with our own subjectivity, in order to be able to discern the veracity of what others produce. More important than finding answers, is asking the right questions. It’s okay if you can’t find the answers to all questions. The important thing is the process of research, because sometimes not finding the answer is valuable information in itself. Is the platform being as transparent as it could be? Lie or Deception? A lie is when, for example, an author invents information. An author can be deceptive or misleading without inventing anything. They may select truthful information, omit another piece of information, place these pieces out of context, and use sensational tools to provoke certain emotions in the audience. Generally, media literacy courses focus on how to identify objective and neutral journalistic language. This, however, does not exist. It is not always easy to discern sensational and misleading tools from effective or creative methods of delivering information to an audience. Some identifiable tools, even if subjective, are: – Dramatic music. – Shocking images and words. – Exclamation points. – Titles that cause fear, and pass on little information. – Titles that speak directly to you. Focusing on a guideline or checklist on how to identify ‘fake news’ can make us even more vulnerable to them. These guidelines can become new, effective tools for their dissemination. For example, if I say to you: “only trust newspapers that do not use exclamation points on titles,” this guideline can be used by any deceitful platform to gain your trust. A much stronger tool than memorizing identifiable ‘fake news’ characteristics is to have a clear sense of your own values, and political goals. ‘Fake News’, ‘bots’ and people with an interest in using these tools to steer the behavior of a wide audience, target ‘influenceable’ and undecided people. That doesn’t necessarily mean people who are on the fence about a subject. Dogmatic people are as easy to influence, because their reference of truth is outside themselves. That’s why the search for your own truth is fundamental to make ‘fake news’ ineffective, which is the most effective way to combat it. Thought, speech, and action should be one, as should your ideas, what you share with others and how you live your life. This is an exercise in balance – being open to learning new things, while not losing sight of your own truth and lived experiences. THE AUDIENCE When we produce media, we think of a target audience so that we can make it effective in delivering the message. A newspaper, for example, has an audience, and the values of each one of them exist in symbiosis. The media literacy process involves the analysis of the values of the institutions and/or people that produce media, based on the recognition of our own values as an audience. Many people who produce media on the internet are not honest, or transparent, about what their values and intentions are. There are media tactics that aim to manipulate a specific audience, that use tools that provoke targeted emotions. Art also aims to provoke emotions; academic writing is intended to be verifiable and validated. These are tools that can be used in ways that are subtle, exaggerated, effective, manipulative, untruthful, misleading, etc. Our analysis of how these tools are used depends on our understanding of how we use them ourselves, and why. What constitutes content accessible to the general public? For content to be accessible, it needs to be able to reach the audience it sets out to reach. For example, for a video to reach an Instagram audience, it needs to last a maximum of one minute, because this is (or was) the limitation of the platform visited by that audience. How to identify whether a text aims to reach a lay audience, and not just a specialized one? A person who is not specialized and has no interest in specializing in a certain area of study will spend less time reading about this subject. So, for texts to reach this audience, they must be short. Short online texts do not need an abstract, summary, numbered sections, etc. A long text is not necessarily inaccessible. Another way of identifying the level of accessibility is to recognize excessive citations/references, usually redirecting the reader to other, even longer, academic texts. Academic requirements reflect the audience that the author intended to reach. Specific acronyms and terms have the same function. To reach a lay audience, terms must be defined, and acronyms that aren’t widespread in popular culture must be spelled out the first time they are mentioned. FBI or CIA, for example, are not acronyms that need to be spelled out, but NCI does. GLOSSARY Audience (in media) – “A media audience may be as small as one person reading a magazine or as large as billions of people around the world watching events, like 9/11, unfold live on television. Audiences have a complex relationship with the products they consume.” (New Zealand’s Ministry of Education) ‘Bot’ (on social media) – “is an agent that communicates more or less autonomously on social media, often with the task of influencing the course of discussion and/or the opinions of its readers. It is related to chatbots but mostly only uses rather simple interactions or no reactivity at all.” (Wikipedia) Dogma – “a principle or set of principles laid down by an authority as incontrovertibly true.” (Oxford Languages) ‘Fake News’ – “is a form of news consisting of deliberate disinformation or hoaxes spread via traditional news media or online social media.” (Wikipedia) Media – “the main means of mass communication (broadcasting, publishing, and the Internet) regarded collectively.” (Oxford Languages) Sensationalism – “(especially in journalism) the use of exciting or shocking stories or language at the expense of accuracy, in order to provoke public interest or excitement.” (Oxford Languages) Social Media – “websites and applications that enable users to create and share content or to participate in social networking.” (Oxford Languages) Form Results

Ver todos

Contato ◣ Contact

obrigada ◣ thank you

Artigos e livros de bolso | Continue sendo resistência. ◣ Articles and pocket books | Continue being resistance.

Entregas estimadas em 3 semanas. Confirmamos o recebimento do pedido, pagamento e envio em 1 semana. Não há troca, mas entre em contato conosco para saber mais sobre reembolsos.

© 2024 P9 PLATAFORMA9 Niterói, Brasil – 24342240 CNPJ 40.577.357/0001-51​ Plataforma9p9@pm.me +55 71 986283704

bottom of page