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- 'Mata das Bruxas': livro reúne entrevistas e textos de Silvia Federici
De acordo com Silvia Federici, a primeira edição de 'Mata das Bruxas', publicado pelo coletivo Plataforma9, traz diálogos e artigos que discutem o papel da mulher na sociedade capitalista. O coletivo jornalístico Plataforma9 publicou em 2021 a primeira edição do projeto "MATA das Bruxas", com a apresentação e introdução do trabalho da pesquisadora marxista Silvia Federici, pensadora italiana especialista no tema da exploração do capital sobre o corpo e o trabalho de mulheres, especialmente mulheres pobres. Para Mirna Wabi-Sabi, editora do coletivo, "a leitura, diferentemente de afiliação ou título, revela um compromisso ao conhecimento que não se permite abrir mão da liberdade e da criatividade pessoal". Por Camila Araújo Continue lendo na Opera Mundi
- Livros de bell hooks: o futuro ficará marcado por seu legado
LIVROS: É com grande tristeza que tomamos conhecimento do falecimento de uma das vozes mais influentes do feminismo — a bell hooks. bell hooks foi uma inspiração para mim como pensadora e escritora. As questões discutidas em sua conversa com Laverne Cox sobre a reprodução dos padrões de beleza patriarcais brancos, seus comentários sobre o fracasso da Beyoncé em representar as mulheres negras e sua crítica ao feminismo branco em livros como Da Margem Ao Centro sempre estiveram presentes na minha produção intelectual. Meu trabalho não teria sido o mesmo sem ela, e o futuro, se dependesse de mim, ficaria marcado para sempre por seu legado — seus livros. Recursos: FEMINIST THEORY from margin to center FEMINISM IS FOR EVERYBODY Por Mirna Wabi-Sabi
- A luta para proteger um patrimônio arqueológico e ecológico mundial
O Sambaqui Camboinhas, um dos mais antigos do país, está prestes a ser destruído pela especulação imobiliária, já existe uma placa no local como se a área — patrimônio arqueológico mundial — pertencesse à iniciativa privada. O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo pretende adensar e verticalizar a cidade de Niterói, além de permitir o avanço de construções sobre áreas frágeis, como o Morro do Gragoatá, a Lagoa de Itaipu, Sambaqui Camboinhas e o Parque Municipal de Niterói-Parnit (onde foi o canteiro de obras do Túnel Charitas-Cafubá). Uma das propostas é alterar o gabarito dos prédios para +6, isso na faixa compreendida entre as Av. Florestan Fernandes, Rua Jayme Bittencourt e Av. Beira-Mar até o limite da Faixa Marginal de Proteção (FMP) da Lagoa de Itaipu. O isso que significa? + mais gente + carros + aquecimento por fumaça + impermeabilização do solo + esgoto e isso para uma cidade que NÃO TEM ÁGUA, sem contar que o saneamento é precário, tendo o sistema Lagunar Itaipu-Piratininga como verdadeiros locais de destinação de esgoto. Uma cidade que se gaba por ter uma secretaria do clima e um prefeito ambientalista é inacreditável que a prioridade seja aprovar uma lei dessa forma (que NÃO teve debate de forma CLARA e justa com a sociedade!) Do que se resolver os problemas crônicos que são negligenciados há DÉCADAS! — Hannah, do Movimento Lagoa para Sempre Na ação do dia 5 de dezembro, também denunciamos a grave ameaça que o Patrimônio Científico, Histórico e Cultural brasileira está sofrendo. O Sambaqui Camboinhas, um dos mais antigos do país, está prestes a ser destruído pela especulação imobiliária, já existe uma placa no local como se a área — patrimônio arqueológico mundial — pertencesse à iniciativa privada. Boa parte deste riquíssimo patrimônio já foi destruída pela construção de um prédio no local, não podemos perder o que resta do Sambaqui Camboinhas, são pouquíssimos tão antigos que ainda restam no litoral brasileiro. Sambaqui Preservado, Lagoa Limpa e Para Sempre. "O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo pretende adensar e verticalizar a cidade de Niterói, além de avanço sobre áreas frágeis, como o Morro do Gragoatá, a Lagoa de Itaipu e o Parnit ali onde foi o canteiro de obras das obras do Túnel Charitas-Cafubá, com gabarito de 6 pavimentos que + cobertura e +adesão do pavimento de embasamento, virão 7 a 8 pavimentos... o que significa mais gente, mais carros, mais aquecimento por fumaça, motores, mais impermeabilização do solo, com atração e aumento de população em uma cidade que não tem água, o sanemeaneto é precário assim como as inundações são frequentes, só para citar alguns aspectos genéricos." (Cynthia do Movimento Lagoa para Sempre) Sobre a Lei A Lei estabelece normas para cada área da cidade. O Projeto chama atenção pela proposta de aumento do número de pavimentos em diferentes áreas da cidade. Só para ilustrar, ao longo da Av. Marquês do Paraná será possível construir prédios com 21+3 pavimentos; no Largo da Batalha, 9 +2; junto à lagoa de Piratininga, 10+2 e em Charitas, 15 + 2 na área em frente ao Clube Naval e 10 + 2, na área no trecho do acesso ao túnel Charitas-Cafubá. Esta proposta de verticalização é justificada com o pretenso objetivo de tornar Niterói uma cidade compacta, o que levaria a melhor aproveitar a infraestrutura disponível e ajudaria a preservar o meio ambiente. Em nenhum momento é mencionada a crise hídrica enfrentada (a cidade não tem mananciais próprios e depende do sistema Imunana–Laranjal, já sobrecarregado). Para o grave problema de mobilidade da cidade, utiliza o argumento de que adensamento irá melhorar as condições do trânsito, sem considerar que o aumento da população irá sobrecarregar ainda mais a rede viária da cidade, que tem no acesso à ponte Rio-Niterói um grande gargalo, dado que parte significativa dos moradores da cidade tem no Rio de Janeiro o seu local de trabalho. Essas questões apenas exemplificam a intenção de estimular o mercado imobiliário enquanto prejudica as condições gerais da cidade. Na quarta-feira, dia 15, às 17 horas, haverá uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores, em modo híbrido. Muito importante participarmos e exigirmos a realização de Audiências por Região Administrativa, de modo a permitir a participação dos moradores que serão diretamente afetados. Muito importante a presença na Câmara, mas quem não puder, deve acompanhar pela internet e se manifestar. Vamos exigir nosso direito de definir o que queremos para nossa cidade! Facebook Instagram YouTube Assine a petição Pela PROTEÇÃO do Patrimônio Ambiental, Cultural e Cênico de Itaipu! AQUI Leia em mais detalhe sobre o projeto de lei aqui: Relatório da qualidade da água nas Lagoas da região oceânica:
- O Que Laguinhos Podem Nos Ensinar
Pessoas em geral sabem muito pouco sobre a natureza e seus ecossistemas locais. Laguinhos têm muito a nos ensinar sobre tudo isso. Hoje em dia, ficou mais fácil imaginar um mosquito geneticamente modificado para ser estéril do que aprender quais animais em nossa área são seus predadores naturais. Isso provavelmente ocorre porque é mais fácil votar num político que possa endossar pesquisas e implementar políticas contra a dengue do que observar e estudar o comportamento da vida selvagem local. A maioria de nós não tem tempo e recursos para este tipo de pesquisa, mas, o mais importante, falta-nos interesse ou motivação (quem sabe o que veio primeiro). Não precisamos olhar de perto, no entanto, para ver que as políticas governamentais e políticos são falhos e equivocados, especialmente no que diz respeito a práticas ambientalmente sustentáveis. Uma alternativa a continuar contando com eles poderia ser tomar certas medidas nós mesmos, mesmo que no microcosmo de nossas próprias vidas. Felizmente, passei a pandemia socialmente isolada numa casa com um jardim, numa área do Brasil conhecida pela vegetação rochosa de Mata Atlântica, e pude trabalhar remotamente. Tempo e recursos estavam disponíveis para mim, e eu aproveitei isso para começar a fazer todas aquelas coisas que pensamos em fazer, mas nunca temos tempo. Uma horta, compostagem, pão, tomar sol, exercícios, e assim por diante. Mas a saga do laguinho começou mais tarde e me consumiu de uma forma inesperada. Rapidamente, ficou claro para mim que construir um mini lago é uma lição de biologia difícil e valiosa. Quanto mais você aprende, mais percebe o quão pouco sabe. Tudo começou com as visitas noturnas de um sapo à tigela de água dos cachorros. Depois da primeira vez em que o vi, todas as noites na mesma hora, sua presença era certa. E toda vez que o via, agora batizado de Danny DeFrog (em homenagem a Danny DeVito), pensava em como minha vizinhança é hostil à vida selvagem — riachos são poluídos, árvores são cortadas para dar espaço para estruturas de concreto e o crescimento espontâneo de plantas é considerado “sujeira”. Depois de algumas semanas, decidi fazer um mini lago para o Danny, o que me levou ladeira abaixo. Como posso fazer um lago sem criar um ponto de proliferação de mosquitos? Como posso fazer isso sem arrastar uma extensão pelo quintal para ligar um filtro elétrico? As perguntas nunca pararam desde então. Deixe-me contar um pouco do que aprendi — o que está longe de ser tudo o que há para se saber. As lojas de aquários são meio deprimentes. Os peixes são muito baratos, tratados como descartáveis, e os sistemas são entregues como ambientes higiênicos controlados, onde o ser humano pode ter o maior controle possível sobre as variáveis. Na natureza, porém, existem infinitas variáveis a serem consideradas, todas imprevisíveis e diversas. Basicamente, vários tipos de peixes comem larvas de mosquitos, nem todos esses peixes existem na natureza. Muitos são raças domesticadas, como cães e gatos. Portanto, criar um biótopo de peixinho dourado é um oximoro. No entanto, eles precisam de um sistema de filtragem e a maioria precisa de aeração de água. Na natureza, não há bombas e filtros fazendo isso para os peixes, mas recriar este ambiente natural é incrivelmente difícil e uma lição poderosa sobre a natureza. Resumindo — o peixe faz cocô na água, as bactérias decompõem esses resíduos, transformando-os em nutrientes. Esses nutrientes, por sua vez, são consumidos por plantas aquáticas e algas. Quanto mais as plantas consomem esses nutrientes, menos nutrientes sobram para as algas se alimentarem, mantendo-as sob controle e a água clara. Algumas plantas aquáticas, principalmente as que estão totalmente submersas, também oxigenam a água. Este é o princípio básico. O truque é encontrar um equilíbrio entre esses elementos. Tomar consciência desses elementos, intensamente presentes em nosso dia a dia, é esclarecedor. Percebemos a qualidade da água e do ar, com que frequência chove, com que frequência e onde o sol brilha e com quais seres vivos compartilhamos este espaço. Por exemplo, seixos, rochas e superfícies ásperas debaixo d'água são boas para hospedar muitas bactérias, mas seixos muito pequenos podem ser comidos por peixes maiores, e algumas rochas podem liberar nutrientes na água que alteram seu pH. Níveis e mudanças drásticas de pH estressam os peixes (às vezes causando a morte), e é possível identificar mudanças em seu comportamento. A água da torneira mata os peixes; há muitos produtos químicos. Há todo um processo de espera pela evaporação dos produtos químicos ou de tratamento da água de diferentes maneiras. Até a água da chuva pode ser contaminada pela poluição do ar. À medida que a água evapora com o calor e o sol, a água do lago fica mais dura, mais densa de nutrientes e o pH é alterado com o tempo. Por outro lado, as plantas aquáticas precisam do sol, e você pode ver quando elas tiveram muito sol; as folhas ficam amarelas. Trocas parciais de água a cada poucas semanas são ótimas para manter o lago claro e limpo, assim que você garanta de que não está descartando ovos, ninfas e outros pequenos animais que criaram um lar neste lago. E por parcial quero dizer: nunca substituir mais de 40% do conteúdo total de água de uma vez, para não perturbar o ecossistema muito rápido. Água de peixes rica em nutrientes pode ser usada para regar plantas em vasos, e água tratada limpa pode ser usada para encher o lago de novo. Tornar-se consciente do equilíbrio entre o brilho do sol e a chuva no que se refere a outros seres além de você é muito enriquecedor. E, acredite em mim, muitos outros seres aparecerão num lago natural. No primeiro mês, eu estava vendo ovos e minhocas, tirei fotos e tentei identificar o que eram. Os peixes comeram as minhocas e os ovos viraram caracóis. Os caracóis comem todos os tipos de restos de matéria orgânica e ajudam a limpar o lago (assim como os camarões), e alguns até oxigenam a água. Mas se eles morrem, fica um cheiro ruim, e eles podem se reproduzir fora de controle. As carpas gostam de comer esses pequenos caramujos, com a concha mais macia. Mas os peixes menores não. As sanguessugas, no entanto, vão manter a população de caramujos sob controle, sugando-os até secar e deixando apenas a concha. Você pode distinguir uma sanguessuga de uma minhoca pela maneira como ela se move e sua forma — elas têm cabeças pequenas e extremidades traseiras mais largas, movendo-se como acordeões. Se um grudar na sua pele, não se preocupe, a maioria não é prejudicial para humanos e peixes. Essas sanguessugas aparecem do nada e podem se tornar ainda mais populosas do que os caracóis. Nesse caso, você pode usar folhas secas de amendoeira para manter sua população sob controle. Debaixo d'água, essas folhas liberam nutrientes que controlam a qualidade da água. O ser mais empolgante que testemunhei fazer um lar no lago foi uma libélula. Um dia, notei uma voando, mergulhando a cauda na superfície da água repetidamente. Aparentemente, ela estava botando seus ovos ali. Havia tanta coisa que eu não sabia sobre o ciclo de vida de uma libélula e pude testemunhar de perto. Acontece que as libélulas passam a maior parte de suas vidas debaixo d'água, como ninfas. As ninfas da libélula comem sanguessugas, larvas, girinos e até peixes pequenos. Começam como ninfas minúsculas, transparentes ou verdes, com patas, cabeça e cauda. Ela eventualmente se transforma em uma coisa de seis pernas, com aparência de uma barata debaixo d'água. Eventualmente (no meu caso, quase um ano depois) ela sai de sua pele como uma cobra, e voa para acasalar e colocar ovos em outro lago (se elas não forem comidas por pássaros primeiro, claro). Além disso, é um animal tão antigo que coexistiu com dinossauros. Seus ancestrais são de mais de 200 milhões de anos atrás! Às vezes, você tenta resolver um problema e cria outro. Um dos meus peixes morreu por causa do que parecia ser uma infecção fúngica. Havia manchas brancas como algodão no lago e no peixe. Embora uma pequena quantidade de sal marinho puro na água possa ajudar a combater a erupção de bactérias e fungos (mesmo em lagos de água doce), esse tratamento com sal matou minhas plantas aquáticas. Várias coisas podem matar as plantas. Peixes mordiscam as raízes, lagartas e vermes se alimentam das folhas, falta de sol, etc. Claro, eu quero que as borboletas sobrevivam; o truque é ter plantas suficientes, então você pode sacrificar uma ou duas para elas. Na verdade, as plantas aquáticas não são fáceis de encontrar e costumam ser mais caras do que os peixes. Transportá-las por longas distâncias é complicado e, quando você encontra algo, geralmente é o mesmo tipo de espécie (útil, embora invasiva). Existem vários tipos. Algumas flutuam; algumas enraízam-se apenas em água com folhas secas; algumas enraízam em substrato no fundo do laguinho ou em vasos submersos; algumas precisam ser completamente submersas e são impedidas de flutuar por rochas, seixos ou substrato. O substrato é complicado porque pode facilmente afetar a água, seu pH, sua clareza, etc. Então, você tem que encontrar uma maneira de cobrir o solo rico em nutrientes com areia e pedras, para que não faça bagunça na água. A variedade é valiosa porque cada planta tem suas características e comportamento, e pode desempenhar papéis diferentes e importantes. A batata-doce, por exemplo, é ótima para remover nitratos da água. Um terço dela fica submersa e o resto acima da água. Rapidamente, as raízes crescem, e os caules e folhas sobem. Mas depois de 2 meses é melhor remover, pois, se apodrecerem, os peixes podem morrer. Nesse momento, pode-se destacar os caules e colocá-los de volta na água, descartando o restante na compostagem. Novas raízes vão crescer e o processo pode ser repetido a cada 2 meses. Existem também várias plantas domésticas que crescem em vasos que podem crescer facilmente apenas em água, como a planta Aranha, Filodendros, Lírio Flamingo, Caladium bicolor, Syngonium podophyllum, Bambu da sorte, a família de plantas Cyperus e assim por diante. Sem falar em musgo. Existem tantos tipos e são difíceis de cultivar, mas são fantásticos para a qualidade do ar em torno do seu lago, o que é importante para os peixes, uma vez que precisam de oxigenação também. Um japonês chamado Shinya, que cria biótopos e mossários com Medakas, foi meu primeiro ídolo de minilagos. Os tipos de plantas e peixes, sem falar na localização, são literalmente do lado oposto do mundo do meu. Mas, embora fosse impossível imitar seu processo, foi incrivelmente útil e inspirador ver o trabalho dele. As informações que compartilho aqui são baseadas na minha experiência pessoal, num contexto geográfico e social específico, portanto, não podem ser reproduzidas de forma idêntica em nenhum outro lugar. Mas esse é o problema de sair do paradigma da industrialização — a natureza não é uma linha de montagem. Não pode ser entregue, só pode ser descoberta, e a jornada é nossa. Podemos ser incapazes de controlar diretamente os níveis de poluição do ar de nossas cidades, mas conhecer e aplicar os fundamentos disso ao nosso reino pessoal e comunitário é um primeiro passo valioso. No mínimo, pode mudar a forma como nos sentimos e nos apresentar a novos conhecimentos que são imediatamente usados e colocados em prática. Mais importante ainda, essas microiniciativas podem nos ajudar a nos conectar com nosso ambiente natural de uma forma mais saudável e sustentável, e podem expandir e melhorar nossa perspectiva do lugar onde vivemos. ÍNDICE AGUAPÉ Esta planta aquática flutuante é considerada invasora. Na natureza, ela pode se espalhar e cobrir toda a superfície de um corpo d'água. Seu excesso costuma ser usado como adubo verde. Por outro lado, sua incrível capacidade de filtrar a água a torna útil no tratamento de esgoto. Ela também tem belas flores, embora de curta duração. ALFACE D'ÁGUA Esta planta aquática flutuante reproduz-se incrivelmente rápido e tem a capacidade de oxigenar a água e também de filtrar. Precisa de sol, e depois de dias chuvosos, elas podem precisar que se apare as mudinhas. BATATAS DOCES 1/3 na água, 2/3 acima da superfície. As raízes vão crescer, removendo nitratos da água, enquanto as folhas se espalham como vinhas. Remova após 2 meses para evitar o apodrecimento. Retire os caules e coloque-os de volta na água, descartando o restante no composto. Novas raízes vão crescer e o processo pode ser repetido a cada 2 meses. FOLHAS DE AMENDOEIRA SECAS Lave as folhas secas suavemente com uma esponja e água corrente, para minimizar a contaminação de coisas desconhecidas na sujeira. Deixe secar, guarde em potes, e uma vez por mês coloque uma folha inteira para cada 40 litros de água no lago. À medida que se dissolve e se degrada, ela ajuda o sistema imunológico dos peixes, reduz o estresse, previne doenças, tem propriedades antifúngicas e antibacterianas e reduz naturalmente o pH. CARAMUJOS Os caramujos são bons em comer o excesso de matéria orgânica e sobras de ração para peixes e ajudam a manter o tanque limpo. Eles também oxigenam um pouco a água, a menos que morram e apodreçam no fundo do lago, deixando o local fedido também. Alguns tipos se reproduzem muito rápido. A carpa gosta de comer os pequeninos com a casca ainda mole, o que mantém a população sob controle. No entanto, peixes menores como guppy's e platy's não os comem. SANGUESSUGAS Sanguessugas comem caramujos. Elas se parecem com minhocas, mas com cabeças pequenas e costas mais largas, movendo-se como acordeões em vez de chacoalharem que nem minhocas. Carpas e Koi também adoram comer isso, comem quase tudo. Mas, novamente, com os peixes pequenos, temos que ficar de olho no quão equilibrada está a população de caramujos / sanguessugas. Se houver muitos caramujos e apenas algumas sanguessugas, deixe para lá e as sanguessugas vão fazer seu trabalho aos poucos. Se os caracóis começarem a desaparecer e muitas sanguessugas, maiores, começarem a dominar a área — experimente colocar novas folhas amendoeira secas. LIBÉLULAS As ninfas da libélula comem sanguessugas, larvas, girinos e até peixes pequenos. Se você ver uma libélula voando e mergulhando sua bunda na superfície da água, ela está deixando cair ovos. Eventualmente, você verá uma ninfa pequena, transparente ou verde, com pernas, cabeça e cauda. Ela eventualmente se transforma em uma coisa de seis pernas, com aparência de uma barata debaixo d'água. Eventualmente, ela dai de sua pele como uma cobra e voa, para acasalar e colocar ovos em outro lago. Ela passa a maior parte de sua vida debaixo d'água e é um animal tão antigo que coexistiu com dinossauros. SAPOS Eles vêm, bagunçam as plantas, fazem cocô na água, mas são ótimos — comem mosquitos. Eles podem botar ovos e os girinos saem, mas nem sempre sobrevivem, pois, pode haver predadores, como os besouros subaquáticos e as ninfas libélulas. Por Mirna Wabi-Sabi Read the original in English at Abeautifulresistance.org
- Pare de tentar salvar povos indígenas
Como 'defensores' dos povos indígenas, podemos inconscientemente reproduzir a falácia de que somos nós que precisamos conceder a eles espaço numa chamada estrutura desenvolvida Em vez de 'salvá-los' [povos indígenas] devemos parar de destruir. E esse é um trabalho que temos que fazer para nós mesmos, não para o outro. É comum que pessoas ou instituições brasileiras façam gestos gentis a comunidades indígenas e, em seguida, enquadram isso como um grande esforço em defesa de seus direitos. Por exemplo, pagar indígenas para construir uma estrutura tradicional dentro de um museu. Às vezes, até coisas simples como comparecer a uma aldeia e dizer "oi", levar alunos para uma visita ou comprar objetos deles se tornam uma grande declaração política. Não é. É decência básica, como pagar por bens e serviços ou tratar outra pessoa como ser humano. Escrito por Mirna Wabi-Sabi Leia na Opendemocracy.net
- Mirna Wabi-Sabi, Movimento Atreva-se Podcast
A nossa conversa da semana vai ser com a Mirna Wabi-Sabi @mirnawabisabi Mirna escolheu o livro "Interseccionalidade", de Carla Akotirenee, e foi ele o fio condutor da nossa conversa.
- Conspirituality: João de Deus (w/ Lisa Braun Dubbels and Mirna Wabi-Sabi)
Show Notes: a podcast with Lisa Braun Dubbels and Mirna Wabi-Sabi Whatever one’s conception of “God” is, “John of God” should now be a nauseating name. For decades, João Teixeira de Faria pretended to heal an endless stream of pilgrims to his center in rural central Brazil through the Spiritist practice of “psychic surgery.” In reality, the miracle healing claims worked to cover up an obvious truth. João was sexually assaulting and raping women, in public and in private, likely every day of his “working” life. As he did so, he amassed a vast fortune in affiliate businesses, farming operations, real estate, referral rackets, and sales of crystals and fake remedies. In this episode, we won’t retell this history, now poignantly captured by a new Brazilian-made documentary on Netflix. Instead, we’ll look at how lazy and motivated journalism shook hands with the entrepreneurial New Age to validate and accelerate the absurd claims of a monster. In addition to original reporting on how João made his mark in the U.S., Matthew is joined by former New Age publicist Lisa Braun Dubbels and Brazilian journalist Mirna Wabi Sabi to discuss the globalization of magic and abuse. Trigger warnings for this episode: rape, sexual assault, fraud, spiritual abuse. 02:17 John of Fraud 1:16:22 Interview w/Lisa Braun Dubbel & Mirna Wabi-Sabi Listen at Conspirituality.net
- Como o Design entrega respostas paradoxais ao capitalismo
A crise tríplice que vivemos no momento — financeira, sanitária e climática — revela o caráter paradoxal do discurso capitalista e de sua ideia original de “progresso” e “crescimento” no design. Como relembra o livro “Design, Método e Industrialismo”, a união do Design com meio empresarial foi uma aposta da década de 1950/60, muito marcada pelo pensamento desenvolvimentista do pós-guerra. Não havia nenhuma garantia de que apostar nessa aliança era o caminho ideal para o “progresso”, tampouco havia uma preocupação com o meio-ambiente, pois na visão dominante da época, a natureza seria um recurso infinito e controlável. Escrito por Isabel Elia Leia na LavraPalavra.com
- Feminismo como islamofobia velada domina o debate sobre o Afeganistão
Islamofobia: O mundo cristão está longe de ser imune à violência de gênero. E se olharmos bem de perto, encontraremos muitos casos de violência contra as mulheres no Ocidente que raramente são contextualizados em torno da religião. Esta história de violência de gênero não é uma história do Oriente Médio, é a nossa história. Escrito por Mirna Wabi-Sabi Leia na Le Monde Diplomatique
- O investimento em transporte público que agrava a desigualdade
"O “Bus rapid transit” (BRT) do Rio de Janeiro é um exemplo claro de como o financiamento de projetos de transporte público não tem o bem-estar da população pobre em mente — mesmo quando executado legalmente." Afirmar que o investimento em transporte público vai contra os interesses dos trabalhadores de baixa renda é contra intuitivo. Espera-se que quanto mais alta a renda de uma pessoa, menor a probabilidade que essa pessoa dependa de ônibus para se locomover. Portanto, se dinheiro for gasto para fazer melhorias neste departamento, naturalmente esperamos que os interesses e o bem-estar dos usuários seja a prioridade. E, por conta dessa expectativa, sempre que ônibus são vandalizados durante um protesto, muitos enxergam essa destruição como um símbolo de ingratidão, ou um tiro no pé. Porém, será que o investimento em transporte público pode, na prática, trazer desvantagens para a população trabalhadora de menor renda? Escrito por Mirna Wabi-Sabi Fotos por Fabio Teixeira Leia na Le Monde Diplomatique
- “Selvageria” na Guatemala vem da política externa dos EUA e não da civilização Maia
O discurso “não venha” de Kamala Harris comunicou ao povo guatemalteco, descendentes da civilização Maia, a não sair correndo de um prédio que o governo dos EUA tem incendiado. Se o governo Biden realmente deseja ajudar o povo guatemalteco em sua luta contra a corrupção e por melhores padrões de vida, ele se comprometerá a fazer mudanças em sua própria casa. Escrito por Mirna Wabi-Sabi Leia na Le Monde Diplomatique
- Sob a bandeira do progresso: a maior operação de extração ilegal de madeira do Brasil
Em 2015, o Brasil “produziu” 136 milhões de metros cúbicos de toras, no valor de cerca de 250 milhões de dólares. [Extração ilegal de madeira] No Brasil, wood e timber são a mesma palavra: madeira. Não há distinção entre o material e como o material é utilizado — não especificamos sua utilidade em sua definição. A madeira é, no entanto, utilizada com frequência em todo o mundo. Para quem não sabe, o Brasil é o único país com o nome de uma árvore. A importância dessa árvore, a pau-brasil, é destacada pela função de sua madeira, portanto, por sua importância econômica. O tronco é vermelho, a seiva é vermelha; de certa forma, ela sangra. Por Mirna Wabi-Sabi Leia esse artigo sobre extração ilegal de madeira no Brasil, em inglês, na Abeautifulresistance.org